domingo, 9 de agosto de 2009

Aos Pais

Dia dos pais... Ora, dia dos pais são todos os dias. Essas datas comemorativas ao meu ponto de vista, são meras desculpas para dar uma aquecida no comércio durante o ano. Nada contra. Mas o essencial que essas datas deveriam significar, muitas vezes é deixado de lado pelo frisson causado pelas compras. É uma sensação boa sair às ruas, ir a supermercados nas vésperas ou até mesmo no dia dessas datas. É uma multidão centrada em um objetivo comum: a comemoração. Compra de presentes, escolha dos alimentos certos para uma boa festa, seja um almoço ou um churrasco. Finalmente chega o dia, famílias unidas, correndo de um lado para o outro para que saia tudo como planejado! Chega a hora de parabenizar, hoje, os pais. São abraços, votos de felicidade, saúde, vida eterna; a entrega de presentes, uma sensação boa, clima de paz nas casas, um dia praticamente sem brigas e discussões. Tudo perfeito! Mas não seria melhor se isso não se resumisse a alguns dias do ano?! Lógico que esses dias são maravilhosos, uma clima bom, reunião de membros da família que muitas vezes não se encontram há algum tempo, mas isso deveria ser aplicado a outros dias também! Essa aproximação que ocorre nesses dias, é deixado de lado nos outros. Temos que manter esses laços afetivos por todos os dias, brigas e discussões acontecem com todos, mas deixar que isso nos afaste cada vez mais de quem amamos e uma vez ao ano dar algum sinal afetivo não está correto! Vamos nos unir mais as nossas famílias, a quem amamos, pois não vai ser sempre que estaremos juntos!
E depois de tanta critíca (que seja construtiva!), uma homenagem aos pais! É uma música gravada por Diogo Nogueira (de cabeça não sei de quem realmente é a música), que fala sobre o pai que já não está mais junto dele. Letra maravilhosa:

Espelho - Diogo Nogueira
"Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz

Eh, vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai

Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás

Eh, vida à toa
Vai no tempo vai
E eu sem ter maldade
Na inocência de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai

E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já

Eh, vida voa
Vai no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar"

Um Feliz Dia dos Pais a todos os pais!
Pai te amo!

sábado, 8 de agosto de 2009

Começo...

Por que sempre começar alguma coisa é tão difícil? Começar esse blog por exemplo, demorou algum tempo, até que eu tomasse coragem e inspiração para cria-lo. Inspiração que nada! Não gostei do título nem da URL... mas é assim mesmo, várias dúvidas e críticas rondam nossa cabeça e muitas delas nos travam de começar alguma coisa.
O começo é difícil, é complicado, nos mete medo; o medo do novo, de não saber como vai ser o "logo em seguida", da insegurança diante da opinião dos outros e muitos outros medos. Medo não, uma palavra muito forte, vamos dizer receio. Esse receio que nos impede de muitas coisas, ou melhor, me impede de muita coisa. Vou falar na primeira pessoa, que talvez isso não se aplique a todos!
Quantas vezes deixei de entrar em novos cursos, conhecer lugares diferentes, conhecer pessoas novas por esse receio do novo. O novo as vezes é traumatizante. Puxar conversa com um desconhecido nos causa temor; falar em público, nas primeiras vezes é sinônimo de "ataque cardíaco" para muitos ou para a maioria; é um receio de não ser aceito, de passar por ridículo.
Queria uma resposta de como superar esse receio de um novo começo. E o que muitos dizem: prática. Com a prática tudo se torna mais fácil. Então não tem uma tática milagrosa por passar pela fase mais difícil que é o começo. O jeito é vestir a cara e enfrentar esses novos desafios. Depois do primeiro passo a gente pega ritmo! E sempre surgirão novos começos que teremos que enfrentar. A vida está em constante mutação.